Com o desgaste e a falta de crença da população em políticos, e mais particularmente nos vereadores, por ser estes os mais próximos do povo e das demandas da população, acabam sendo os mais sacrificados, até pelo fato da confusão de atribuições e da cultura do papel da vereança, que na sua grande maioria das vezes serve mais como elo do cabideiro de empregos da administração pública e agentes de "favorzinhos", que, propriamente o exercício do verdadeiro mandato legislativo, renegando a vereadores e vereadoras eleitos e eleitas a tão somente o compromisso de apadrinhar seus apaniguados em empregos na prefeitura, em detrimento de representar a comunidade que os elegeram. Noutro fronte, quase sempre pessoas preparadas e aptas a serem bons legisladores ficam de fora do jogo político, enquanto muitos dos eleitos, sequer sabem o seu papel de legislador, e na ignorância da função ou invadidos de má fé, usam o mandato como poder de barganha em negócios escusos com o executivo municipal, num jogo sórdido com doloso prejuízo para a municipalidade, mas a culpa não é dos eleitos, a culpa é daqueles que os elege, afinal é um ciclo vicioso; do pagamento dos famigerados talões de energia, do gás de cozinha, do exame médico, da ligadura, do remédio e outras benesses que garantem a eleição de políticos tão desonesto quanto aqueles que os elege. Eunápolis pôde presenciar o reflexo de uma câmara com vereadores chamados de "piriricas" por um colega; câmara que entrou em fervura pela cassação da chefe do executivo num dia, e, no outro estavam quase todos no "arraiá" dançando o forró da prefeita - vai vendo...
Vale ressaltar que há raras exceções que colocam o mandato a serviço do povo.