A Justiça de São Paulo condenou uma empresa de saúde a indenizar uma mulher que tratou um câncer inexistente durante seis anos devido a um erro médico. O caso aconteceu em São Bernardo do Campo, em São Paulo.
De acordo com informações do g1 São Paulo, em junho de 2010 a paciente, que na época tinha 54 anos, recebeu o diagnóstico correto de câncer de mama e, alguns meses depois, realizou o procedimento de mastectomia.
Um ano depois, a mulher foi diagnosticada com metástase óssea, quando o câncer se espalha para o osso, e iniciou o tratamento de quimioterapia.
O erro só foi descoberto seis anos depois, quando a paciente mudou de plano de saúde. Em 2017, a nova equipe médica suspeitou de um erro no diagnóstico e solicitou um exame de PetScan. A tomografia apontou que a mulher nunca teve atividade tumoral nos ossos.
A paciente chegou a repetir o exame por precaução no ano seguinte, e o diagnóstico foi o mesmo. A informação foi confirmada por laudo pericial.
Segundo a decisão da Justiça, o tratamento equivocado causou fortes efeitos colaterais, como dor crônica, insônia, perda óssea e de dentição e limitação funcional dos movimentos da perna.
A Justiça condenou a empresa médica Amico Saúde a pagar R$ 200 mil de indenização à paciente.
Na decisão, o desembargador Edson Luiz de Queiroz destacou a gravidade da situação e afirmou que "a paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado ou minorado, impondo-se o dever de reparação por danos morais e materiais, destacando que foi comprovada a perda de massa óssea, de mobilidade e de dentição pela paciente".