As organizações criminosas já mostraram que sua atuação no país avança numa crescente sem precedentes, impondo em áreas dominadas pela criminalidade suas próprias leis, criando o estado paralelo, onde sem temor algum, criminosos exibem suas armas mostrando o poderio bélico do tráfico, tornando a população reféns do medo.
A guerra urbana entre facções rivais e os confrontos quase diários com as forças de segurança do Estado, resultam em números astronômicos de mortes ano a ano no Brasil, com dados alarmantes de indivíduos na sua esmagadora maioria jovens que perdem a vida em mortes violentas nos confrontos armados entre facções rivais ou com a polícia. Mas, se isso não bastasse o Estadão realizou uma série de reportagens apontando uma verdade nua e crua, a presença de representantes do crime organizado na política, e em anos de eleições, a exemplo do ano em curso (2024), estes infiltrados aparecem quase sem serem percebidos e são eleitos com a força das organizações criminosas nas comunidades; elegem vereadores(as) e prefeitos(as), tendo foco, segundo publicação do Estadão na lavagem de dinheiro com contratos milionários junto a prefeituras.
Diante de um verdade tão gritante e preocupante, a diferença estaria justamente na escolha dos representantes, no entanto, onde o crime prospera, evidencia-se a ausência do Estado, o que faz das organizações criminosas a voz de predomínio para a população subjugada, e, caso haja desobediência aos interesses dos criminosos, todos pagam com retaliações e a imposição de "lei marcial" nestas localidades invisíveis aos olhos do poder público, sob pena capital da perda da própria vida o não cumprimento das ordens dos chefes de facções.