Editorial - Antonio Marcos Nunes
As notícias mais frequentes do município de Eunápolis estão nas páginas policiais, diante do alto índice de registro de mortes violentas. A guerra pelo controle do tráfico de drogas tem sido frequente, estabelecendo na cidade o território do medo e do pânico; famílias põe imoveis à venda motivadas pela insegurança. Em locais críticos, motoristas de aplicativo já não circulam mais nas regiões controladas por facções criminosas. No entanto, nada assusta mais que a letargia do poder público municipal, que vive indiferente a realidade das periferias e faz o jogo da "culpa é deles", fugindo de suas responsabilidades, enquanto mira o governo do Estado, quando o assunto é segurança pública. A paz social é dever de todos, inclusive dos municípios, que deveriam em tese está ofertando para o cidadão políticas públicas de promoção social, a exemplo de conjunto de Ações que chegue a região periférica da cidade para atender, crianças, adolescentes e jovens em vulnerabilidade social.
A falta de investimento público para a juventude na cidade de Eunápolis é latente, e causa vergonha. Sabemos que a solução não seria imediata, diante do tamanho do problema, no entanto, promoveria a médio e longo prazo a diminuição gradativa de novos jovens sendo aliciados pelo crime, em face das oportunidades decorrentes de políticas públicas de integração social, tais como: práticas esportivas nas suas diversas modalidades; projetos culturais, como investimento na música, dança, teatro, pintura e outros, que serviriam de válvula de escape para as gerações futuras, diante da disseminação da violência gratuita e das mortes de tantos jovens por envolvimento com a criminalidade.
O atual governo de Eunápolis, nunca mostrou uma ação real voltada para a juventude, antes, entre as suas tantas e gravíssimas deficiências está justamente a atenção aos jovens, que vivem ao revés da sorte, quando o assunto é a atuação do governo municipal, que age no "faz de contas", sem qualquer abordagem dirigida de forma eficaz a um setor tão crítico da sociedade, que deveria ser abraçado com toda força pelo ente público, através de ações séria da gestão municipal, mas o que se vê é o caminho contrário, longe de uma realidade plausível. Lamentável.
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