Funcionários da Caixa Econômica Federal foram afastados por alertar sobre Banco Master
- Redação

- há 21 horas
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Após a repercussão em torno do Banco Master, um assunto voltou à tona: a demissão de dois gerentes da Caixa Econômica Federal, em julho de 2024, que se opuseram à compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master. A área técnica de Renda Fixa da Caixa Asset desaconselhou a aquisição, classificando-a como "arriscada" e "atípica" para os padrões da instituição estatal.
Um parecer sigiloso, elaborado pelos técnicos, apontou que o volume de R$ 500 milhões era excessivamente alto para ser aplicado em uma instituição com o perfil de risco do Banco Master. O documento interno da Caixa Asset chegou a classificar o modelo de negócios do Master como "de difícil compreensão" e alertou para o "alto risco de solvência" da instituição, que possuía um rating interno de BB+, considerado de médio risco.
Diante do impasse técnico, que resultou na retirada do assunto da pauta de votação do comitê de investimento, a cúpula da Caixa Econômica Federal agiu. Quatro dias após o posicionamento contrário, os gerentes Daniel Cunha Gracio, de Renda Fixa, responsável pelo parecer, e Maurício Vendruscolo, de Renda Variável, foram destituídos de seus cargos. Os executivos haviam alertado que a Caixa Asset nunca havia aplicado um volume sequer próximo desse valor em um perfil de risco similar.
Na época, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e as Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcefs) se manifestaram após as demissões. "A destituição desses empregados parece ser uma retaliação injusta, que demanda uma apuração rigorosa e imediata por parte da Caixa. Ressaltamos que a atuação dos empregados da Caixa foi exemplar, demonstrando compromisso com a integridade e segurança do banco. No entanto, estamos preocupados com possíveis ingerências e direcionamentos para negócios escusos, que devem ser investigados com seriedade", afirmam as entidades bancárias, em nota.


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