Mais de 80 prefeitos eleitos em 2020 morreram antes de terminar o mandato
- Redação
- 16 de jun. de 2024
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82 prefeitos eleitos em 2020 não chegaram a concluir o mandato, morreram antes. Se estivessem vivos findariam seus mandatos ainda este ano de 2024. A maioria dos chefes de executivos municipais morreram por motivos de saúde, embora a maioria por complicações decorrentes da COVID-19. Entretanto houveram outros casos de óbitos relacionados a acidentes de trânsito e assassinatos.
Francisco Adauto Rebouças Prates, de Ibiassucê; Emerson Mariani Dias, de Angical; e Herzem Gusmão Pereira, de Vitória da Conquista, fazem parte dessa lista e morreram antes de concluir o atual mandato.
O caso de maior repercussão é do prefeito da capital paulista Bruno Covas (PSDB), vítima de câncer em maio de 2021. O político, que tinha 41 anos, estava no segundo mandato e comandava a Prefeitura de São Paulo desde abril de 2018 quando João Doria, também do PSDB, deixou o cargo para concorrer ao governo do estado.
Com a morte de Covas, o comando da capital paulista passou para Ricardo Nunes (MDB), até então vice-prefeito. No cargo atualmente, o emedebista é pré-candidato à reeleição no pleito marcado para outubro deste ano.
Outra capital com um registro do tipo é Goiânia. Maguito Vilela, do MDB, morreu aos 71 anos devido a complicações da Covid-19 em janeiro de 2021. Ele, que também foi prefeito de Aparecida de Goiânia (GO), deputado estadual, federal, senador e governador, foi acometido pela doença durante o pleito e venceu as eleições ainda internado. Maguito chegou a ser empossado do hospital, mas não resistiu e morreu antes de voltar para Goiás. A cidade passou ao comando de Rogério Cruz (Republicanos), eleito vice, que tentará a reeleição neste ano.
Em novembro de 2022, o então prefeito de Lajeado do Bugre (RS), Roberto Maciel Santos, foi morto na sede do poder Executivo local. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunicou 10 pessoas pelo assassinato e pela tentativa de homicídio do vice e de mais uma pessoa que estava no local.
Já em abril do ano passado, o prefeito Joseilson Borges da Costa, conhecido como Neném Borges, de São José do Campestre (RN), foi executado dentro de casa. Conforme o G1 informou em janeiro deste ano, o principal suspeito da morte foi localizado e preso em Guarulhos, no estado de São Paulo.
Outro caso de execução é do prefeito de Madeiro (PI), José de Ribamar Araújo Filho (Republicanos), morto a tiros em 2021. O motivo do crime, segundo denúncia do Ministério Público, seria fútil, pois teria relação com desavenças políticas. O acusado, Felipe Anderson Seixas de Araújo, será levado a júri popular e ainda aguarda julgamento.