Eunápolis| Enquanto a ponte cai o assunto é a narrativa do deputado

Dizem que a verdade vira mentira à partir do instante que um alguém que mente diz falar a dita verdade. Entendeu?

Muito bem, vou explicar...

Partindo do princípio que, quando os interesses pessoais são usados como armas letais, prontos para matar, daí passamos a entender quando uma narrativa mentirosa tenta asfixiar a verdade até a morte.

Aqui não se trata de ambulantes, feira, ou, qualquer outro assunto, a questão toda é criar o fato, a narrativa ideal para convencer, ou, em linha mais direta, produzir um culpado e dá vida a uma vítima.

No contexto do evento da feira de agricultura, neste dia de hoje, sábado 24 de Maio; feira inclusive que foi anunciada falsamente que havia sido limada, diante do episódio envolvendo o deputado federal, Neto Carletto, e o município de Eunápolis. Na verdade o que o parlamentar mais primou foi seu show, não propriamente a feira. Ela jamais foi a razão do litígio.

Entendam. O embate nunca foi o embargo da feira; que diga-se nunca existiu a possibilidade da feira ser vetada. O que na verdade está por trás da tal falácia é fazer do deputado uma vítima; e o desejo de se ter o fato novo; ter o que cometar as lorotas mal contadas rua acima e rua abaixo (claro pela turma alaranjada), e, por consequência alcançar o objetivo real, usar a feira como pano de fundo da politicagem rasteira ao avizinhar-se um ano eleitoral, afinal quando não sem tem o que apresentar é preciso evocar o vitimismo.

Pronto, essa é a charada...

Uma pena que muita gente não percebeu isso antes, tinha evitado o fato e sufocado a narrativa. Fica a lição, enquanto a ponte cai!